Verbal vs. Não Verbal

A principal característica dos blocos verbais (Ego e Superid) é o fato de que tudo o que se relaciona aos aspectos refletidos por eles é discutido amplamente sem nenhum constrangimento. Quaisquer argumentos, discussões e ataques são possíveis. Tudo isso está no nível de um jogo de discussão intelectual, ou ajuda para aqueles que não entendem algo. Em contrapartida, a realização efetiva desses blocos ocorre individualmente, ou seja, preferencialmente sem testemunhas, especialmente aquelas inclinadas a serem críticas. (Augusta, Teoria das Dicotomias de Reinin)

Os blocos não verbais (Superego e Id), por outro lado, são os blocos de atividade coletiva, e esta é a área onde as pessoas são cuidadosas com suas conversas e piadas. A única coisa permitida aqui é a transferência de informações objetivas, o que alguém viu ou ouviu sem seus próprios comentários. Quadras são capazes de cooperar devido ao fato de que seus blocos verbais (assim como os não verbais) são formados a partir das mesmas meias-fases de EM. Portanto, em nenhuma circunstância eles parecem insensíveis, não amigáveis, ou hostis um ao outro. Se eles não estão fazendo ou dizendo algo, é claro que não podem ou não sabem fazer. (Augusta, Reinin)

Em seus blocos verbais, um indivíduo é dotado de um elevado grau de liberdade na expressão de ideias, opiniões e argumentos. Existe nesses blocos uma abertura ao debate e à discussão, mesmo que isso envolva divergências ou mesmo confrontos. Neles, o indivíduo desenvolve-se intelectualmente através da troca de informações. As pessoas podem explorar novas ideias, desafiar crenças estabelecidas, questionar os outros e aprender com eles. Ainda assim, o indivíduo tende a realizar estes aspectos de maneira privada. Ele pode questionar e desafiar, mas pensará, refletirá e verificará essas informações e somente então decidirá o que pensar ou fazer. (Augusta, Reinin)

Em seus blocos não verbais, as pessoas estão mais voltadas à ação prática do que à reflexão teórica. Estes aspectos se concentram na realização de tarefas concretas e na cooperação direta com os outros. Sua comunicação é mais direta e objetiva, pois é mais focada na transmissão de informações relevantes para a tarefa em questão, e menos voltada à discussão. Nos blocos não verbais, o indivíduo somente se abre para lançar direções sobre os outros, isto é, para transmitir seu conhecimento acumulado. Esse conhecimento, por sua vez, é acumulado mediante a observação e julgamento interno. As pessoas tendem a ser mais cuidadosas com suas palavras nos blocos não verbais, evitando comentários que possam gerar conflitos ou mal-entendidos. Nesses blocos, desejando se adaptar, o indivíduo julga em silêncio. A maioria das reações do Superego e do Id são tomadas em silêncio, embora o julgamento e o confronto tomem a voz mediante os outros dois blocos. (Augusta, Reinin)

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